A Direcção Geral de Comunicação Social decidiu alargar para 24 de Novembro o prazo de apresentação de candidaturas para Televisão em sinal aberto. A imprensa escrita e os jornais electrónicos falam já de três concorrentes certos e da possibilidade de mais dois. O curioso nisto tudo é que aparentemente não há limite para o número de licenças a conceder. O problema que se põe é como sustentar essas estações de televisão se não podem ser subsidiadas directamente por partidos políticos, igrejas e entidades públicas como câmaras municipais, ou financiadas, clandestinamente, por grupos de interesses obscuros. O financiamento deve vir essencialmente da publicidade. Perante isso, pergunta-se o mercado caboverdiano de publicidade será capaz de alimentar várias estações de televisão? O mercado português, em comparação, parece comportar só mais dois canais em sinal aberto, a SIC e a TVI, para além da estação pública. Que estudos do mercado orientaram o Governo na definição dos critérios de atribuição das licenças? Pergunta-se, ainda, será que a RTC enquanto televisão pública, recebendo taxa e gozando de transferências do Estado, continuará a competir com as rádios e televisões privadas no acesso à publicidade?
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